Apesar de cada vez mais conquistarem espaço na política, as mulheres ainda são minoria no Poder Público. Atualmente, apenas 12% dos 70 mil cargos eletivos no Brasil são ocupados por mulheres.
Pensando nisso, o Diálogos Democráticos, série de debates transmitidos ao vivo pelo canal do Youtube da Justiça Eleitoral, definiu como primeiro tema de sua live o “Mais Mulheres na Políticas”.
Mediado pelo ministro Luís Roberto Barroso, com a participação da atriz Camila Pitanga, da filósofa, escritora e professora Djamila Ribeiro e da senadora Simone Tebet, o encontro, que aconteceu em junho, fez parte das ações do projeto Participa Mulher, criado pelo TSE, e discutiu sobre a importância do protagonismo feminino na política.
Para Camila Pitanga, foi uma honra debater esse ponto nevrálgico, não apenas na política brasileira, mas no mundo.“Tive a chance de aprender com a minha família a importância da vocação política. Sempre tive voz em casa. São séculos de disparidade. A mulher faz a diferença na política. Ela traz uma possibilidade de mudar o modus operandi quando ocupa espaços decisórios”, afirmou a atriz, que lembrou que educação é instrumento de poder. “Nossas ações, aquilo que fazemos diariamente, também são política. Temos que estar atentos a isso”, concluiu.
A campanha da Justiça Eleitoral é permanente e em seu portal é possível encontrar informações sobre a história do voto feminino, das primeiras mulheres a conquistar espaços de relevância no meio político e notícias que abordam a atualidade dessa participação.
O tema está alinhado com o que o presidente do TSE defende desde seu discurso de posse, quando destacou que “numa democracia, política é gênero de primeira necessidade”. Na ocasião, o ministro registrou a importância do engajamento da juventude e das mulheres na política com o objetivo sempre de promover a diversidade na vida pública do país.
“Somos um país multiétnico, multirracial, multicultural. Precisamos ter a consciência de que isso é um ativo, uma virtude, um privilégio que a história nos deu”, afirmou, ao destacar a responsabilidade de cada um na hora de escolher seus candidatos.
Para o ministro, o voto consciente exige um despertar dos eleitores para a noção de que votar não é um mero dever cívico que se cumpre de forma automática e descompromissada.
Fonte: Tribunal Superior Eleitoral (TSE)